sexta-feira, 29 de abril de 2011

Escola Vila Rica lança a 1ª edição do Descoladão

1ª Edição do Boletim Informativo



Confira a 1ª edição do Boletim Informativo da Escola Estadual Vila Rica, o qual foi um sucesso em toda a escola e em toda a cidade de Vila Rica.

A Escola Vila Rica agradece a todos que se impenharam e não mediram esforços para que a idéia de se criar um B.I. desse certo e fosse um sucesso como foi. Parabéns a todos.

Para conferir a 1ª edição completa do Boletim Informativo: CLIQUE AQUI!
 
Parabéns a Escola Vila Rica pela iniciativa e aguardamos anciosos as outras edições!

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Provinha Brasil

A Provinha Brasil é uma avaliação diagnóstica do nível de alfabetização das crianças matriculadas no segundo ano de escolarização das escolas públicas brasileiras. Essa avaliação acontece em duas etapas, uma no início e a outra ao término do ano letivo. A aplicação em períodos distintos possibilita aos professores e gestores educacionais a realização de um diagnóstico mais preciso que permite conhecer o que foi agregado na aprendizagem das crianças, em termos de habilidades de leitura dentro do período avaliado.


Confira abaixo as Matrizes de Referência das Avaliações de Leitura e Matemática.
 Professor:
Abaixo você terá acesso a alguns materiais que podem auxiliar o seu trabalho de alfabetização e letramento.

CategoriasArquivos

Professor(a), você é peça chave para o sucesso da Provinha Brasil.

fonte: http://provinhabrasil.inep.gov.br/ acesso 28/04/2011

quarta-feira, 27 de abril de 2011

7ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas

Abertas inscrições para a 7ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas
Estão abertas, até o dia 3 de junho de 2011, as inscrições para a 7ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP 2011). As provas da 1ª fase acontecem no dia 16 de agosto. Todos os alunos matriculados em escolas públicas brasileiras (municipais, estaduais e federais) podem participar. No entanto, a inscrição deve ser feita pelas escolas (e não pelos próprios alunos) no site www.obmep.org.br. No ato da inscrição, as escolas devem indicar quantos alunos irão participar da 1ª Fase da OBMEP, de acordo com os níveis de participação abaixo:

Nível 1 - estudantes de 6º e 7º anos do Ensino Fundamental
Nível 2 - estudantes de 8º e 9º anos do Ensino Fundamental
Nível 3 - estudantes do Ensino Médio

A organização da OBMEP incentiva as escolas a inscreverem todos os seus alunos na 1ª fase.  A lista dos premiados será divulgada em 15 de dezembro de 2010, sendo que os critérios para as premiações são detalhados no Regulamento da OBMEP, disponível no site www.obmep.org.br.

Ciclo de Palestras Novas Tecnologias na Educação

O CINTED – Centro Interdisciplinar de Novas Tecnologias na Educação da UFRGS está promovendo o XVII Ciclo de Palestras sobre Novas Tecnologias na Educação nos dias  19 a 22 de julho de 2011. A chamada de trabalhos está aberta até 30 de maio de 2011 e pode ser feita aqui.
Os trabalhos selecionados serão publicados na RENOTE – Revista Novas Tecnologias na Educação (revista avaliada no sistema Qualis da CAPES). Participantes remotos poderão apresentar suas palestras por videoconferência. Confira a seguir as temáticas desta edição.

  •  Ambientes virtuais de aprendizagem
  •  Aprendizagem ao longo da vida e TIC
  •  Aprendizagem colaborativa apoiada por computador  Aplicações educacionais de mineração de dados e de textos
  • Avaliação de software educativo
  • Comunidades virtuais de aprendizagem  Educação a distância
  • Inclusão digital  Informática na educação especial  Jogos educativos
  • Métodos e padrões para desenvolvimento de artefatos educacionais digitais
  • Projeto e desenvolvimento de objetos de aprendizagem
  • Realidade Virtual e aumentada na Educação  Redes Sociais na Educação
  • Repositórios de conteúdo educacional digital
  • Simuladores no contexto educacional
  • Tecnologia móvel e ubíqua para a aprendizagem
  • Teorias educacionais aplicadas à TIC
  • Usabilidade e acessibilidade de software educativo
  •  Web semântica e ontologias na Educação
fonte: http://www.cinted.ufrgs.br/ciclo17/ acesso 27/04/2011

    Universidade lança hoje 50 livros digitais gratuitos

    Daniel Patire
    Em 2010, 44 títulos foram publicados sob o selo Cultura Acadêmica
    [27/04/2011] 
    Por meio da Editora Unesp e da Pró-Reitoria de Pós-Graduação (Propg), a Universidade lançará na quarta-feira (27/04) 50 livros virtuais gratuitos, já disponíveis aqui. Os títulos integram o selo Cultura Acadêmica e dão continuidade à Coleção Propg Digital, que oferece obras inéditas para download.

    O lançamento será a partir das 9h na sede da Editora Unesp, em São Paulo, e terá mesa de abertura com a participação do vice-reitor no exercício da Reitoria, Julio Cezar Durigan; da pró-reitora de Pós-Graduação, Marilza Vieira Cunha Rudge; do diretor-presidente da Editora Unesp, José Castilho Marques Neto; e do seu editor executivo, Jézio Hernani Bomfim Gutierre. Após a mesa, o público terá acesso aos livros na "Degustação literária": 50 iPads estarão à disposição dos leitores na antessala do auditório, com a versão integral das obras lançadas. 

    Depois da "degustação" e ao longo do dia, os autores concederão entrevistas individuais para a Web TV, projeto da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação (FAAC), Câmpus de Bauru. Cada entrevista terá 15 minutos e será dividida em dois blocos, o primeiro das 11h30 às 12h30, e o segundo, das 14h às 17 h. A Web TV também fará a transmissão ao vivo do lançamento pelo endereço www.unesp.br/tv .

    A coleção teve sua primeira fase em 2010, quando foram lançadas 44 obras. Desde então, foram feitos mais de 50 mil downloads, em um total de cerca de 205 mil acessos. A meta do projeto é publicar mil títulos em dez anos, permitindo um amplo acesso à produção acadêmica da Unesp

    A Editora Unesp fica na Praça da Sé, 108, no Centro de São Paulo. O lançamento da Coleção Propg Digital será no 7º andar do auditório.   

    Fonte:http://www.unesp.br/noticia.php?artigo=6888    Acesso: 27/04/2011

    terça-feira, 26 de abril de 2011

    Assessoria Pedagógica

    A Secretaria de Estado e Educação divulga a lista de candidatos deferido e indeferidos à Assessoria Pedagógica
    Confira a baixo a lista




    segunda-feira, 25 de abril de 2011

    Cibercultura: o que muda na Educação

    TV Escola com o programa Salto para o Futuro traz essa semana a série "Cibercultura: o que muda na Educação". Vale a pena conferir e participar, para saber mais click aqui


    A série visa analisar as mudanças que ocorrem e/ou poderão ocorrer nas práticas curriculares em conexão com a cibercultura. Ao longo dos programas, serão discutidas as práticas de Educação a Distância mediadas por tecnologias digitais em rede e pela produção cultural gerada por estas interfaces no ciberespaço e nas cidades. Estes são os três eixos temáticos propostos para a série: EAD - antes e depois da cibercultura; A pesquisa e a cibercultura como fundamentos para a docência online; O currículo multirreferencial: outros espaços-tempos para a educação online.
    fonte: http://www.tvbrasil.org.br/saltoparaofuturo/  acesso 25/04/2011

    terça-feira, 19 de abril de 2011

    África - Racismo, preconceito e diáspora

    Kabengele Munanga
    Realizada em: 11/9/2008

    Atuação: Antropólogo, professor titular da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP e membro de corpo editorial das revistas: África (São Paulo), Tricontinental – Revista PEC-G (UFPB), Humanitas (PUCCAMP) e Revista Digital Intolerância. Atua principalmente nos temas: mestiçagem, identidade nacional, Identidade Negra.

    Obras: MUNANGA, Kabengele; GOMES, N. L. Para entender o negro no Brasil de hoje. In: Ação Educativa (Org.). Viver, Aprender Unificado, 7a. e 8a. série. 2 ed. São Paulo: Global Editora, 2008, p. 35-88; MUNANGA, Kabengele. Política de ação afirmativa no Brasil: Consenso e desacordo na política de cotas na universidade pública. In: Maxim Repetto; Leandro Roberto Neves; Maria Luiza fernandes (Org.). Universidade Inconclusa: os desafios da desigualdade. Boa Vista: Editora da UFRR, 2008, p. 13-31; MUNANGA, Kabengele (Org.). Superando o racismo na escola. Brasília: Ministério da Educação, 2005.

    Salto – Professor,  como o senhor definiria o racismo?Kabengele Munanga - Em primeiro lugar, eu gostaria de deixar claro que há uma confusão geral entre alguns termos. Há pessoas que confundem preconceito, discriminação racial e racismo. Os preconceitos, que são pré-julgamentos sobre o outro, sobre outros povos, sobre outras culturas, que são opiniões às vezes formalizadas, às vezes não formalizadas, acompanhadas de afetividade, são diferentes da discriminação. A discriminação é expressa pelos comportamentos observáveis, que podem ser censurados e até punidos pela lei, são atitudes que não são invisíveis.

    Sites para gostar de ler: veja as dicas para a criançada




    A garotada não sai do computador por nada? Para comemorar o Dia Nacional do Livro Infantil nós preparamos uma lista de indicações de sites que incentivam as crianças a ter prazer na leitura, desde a idade de alfabetização até para os mais grandinhos.
    A ideia é atrair os pequenos com a interatividade, animações, textos narrados e a trilha sonora que as historinhas multimídia apresentam. Para Stela Loducca, criadora do site O Pequeno Leitor, o objetivo é que a criança saia do site e sinta prazer em entrar em uma livraria.
    Confira essas dicas.
    1. O Pequeno Leitor – O projeto da publicitária Stela Loducca é especialmente desenvolvidos para crianças na fase da alfabetização. São contos criados pela própria Stela que ganham vida na versão multimídia. Também dá pra criar a própria história. Ah! Não esqueça de dar uma passadinha no blog (http://blog.opequenoleitor.com.br) e conferir as dicas de livros infantis bacanas.
    2. O Mundo do Sítio – As obras de Monteiro Lobato ocupam um espaço tão especial para a leitura das crianças que é justamente no aniversário dele que se comemora o Dia Nacional do Livro Infantil. O Mundo do Sítio é um site muito legal para entrar no universo de Monteiro Lobato. Na Biblioteca do Visconde você encontra as aventuras clássicas dos personagens do sítio em histórias animadas e narradas pela atriz Denise Fraga.
    3Ruth Rocha - Alguém aí lembra do clássico infantil Marcelo, Martelo, Marmelo? No site da Ruth Rocha tem outras histórias da escritora narradas por ela mesma e com trilha sonora do grupo Palavra Cantada. Também há seções com jogos que ajudam os pequenos a ganhar mais vocabulário.
    4. Livros Animados – O site é do projeto A Cor da Cultura, do Canal Futura, que usa animações e brincadeiras para convidar as crianças a mergulharem no mundo dos livros infantis que retratam a mitologia africana e a cultura afro-brasileira. O objetivo do programa é estimular o hábito de ler ao mesmo tempo em que oferece ferramentas para o desenvolvimento de uma visão multirracial nas crianças.
    5. Kid Leitura – Este é pra quem está beeem no comecinho da fase de ler e escrever. Dá pra acompanhar a leitura das historinhas sí-la-ba por sí-la-ba.

    fonte: http://www.futura.org.br/main.asp?View={D2EF690E-49AB-498F-9011-7957E4D9F702}&Team=&params=itemID={F5EAC0B1-DF0C-4356-A2E5-80AC9CAF6CBF}%3B&UIPartUID={D90F22DB-05D4-4644-A8F2-FAD4803C8898}

    ECONOMIA SOLIDÁRIA: PRINCÍPIOS E PERSPECTIVAS



    No dia 19/03 os Alunos e Professores do Centro de Educação de Jovens e Adultos Creuslhi de Souza Ramos da Área de ciências Humanas e Sociais , apresentaram o primeiro seminário deste primeiro trimestre para reposição de aulas em virtude do centro ter passado por uma pequena reforma na primeira semana de aula. A área de ciências humanas trabalhou o tema ECONOMIA SOLIDÁRIA: PRINCÍPIOS E PERSPECTIVAS, pois a mesma esta presente na matriz curricular como eixo norteador que deverá estar sendo contemplada nas áreas de conhecimento. Os educando explicaram que Economia Solidária é um jeito diferente de produzir, vender, comprar e trocar ainda é um movimento amplo e profundo, cujas raízes históricas se encontram nas ações e nas lutas de organização de trabalhadores, de movimentos populares, de grupos engajados nas universidades e nas igrejas. Um movimento vivo, dinâmico, que se fortalece e se organiza cada vez mais e que começa a contar também com apoio de governos, foi discutido ainda no seminário como participar. Das associações deixando claro que
    A Economia Solidária não é um sonho distante. Ela já está acontecendo, hoje, aqui mesmo, agora. E está crescendo rapidamente, espalhando pelo país inteiro, em milhares de empreendimentos econômicos Apoiando a criação de um novo empreendimento econômico solidário. Foi discutindo também que é necessária a criação e participação dos interessados.
    Em Fóruns e Feiras de Economia Solidária nos municípios e estado, que são ocasiões de encontro e de troca de informações para os que produzem e os que consomem de forma solidária.
    Juntando-se a empreendimentos já existente em nosso município discutiram ainda como formar uma cooperativa, uma associação ou grupos para produzir, vender, comprar ou conseguir crédito.
    Falaram ainda sobre o comercio justo e o comercio injusto
    Que o comércio mundial exerce forte controle de preços nos mercados locais e internacionais. Em razão disso, os pequenos produtores quase não têm influencia nas decisões políticas sobre o comércio e os seus rendimentos ficam achatados em razão dos preços determinados pelas grandes empresas. Deixaram bem claro os princípios e objetivos do comercio justo, que são.
    Fins éticos, com o respeito e a preocupação pelas pessoas e pelo meio ambiente, colocando as pessoas acima do lucro;
    O estabelecimento de boas condições de trabalho, utilizando-se materiais, aos produtores e produtoras um preço que assegure um rendimento digno, a proteção ambiental e a segurança econômica. Alunos do ensino médio montaram uma pequena feira, de alimentação e alunos da uno docência com multi-mistura e doces. Percebe-se que o seminário voltado pra economia solidaria chamou atenção tanto os alunos do centro quanto da comunidade externa que vieram assistirem o seminário. O centro Educação Creuslhi de Souza Ramos conta com alguns professores com formação em Economia Solidaria, pois os mesmos vêm desde 2009 participando de formações oferecidas, pelo Centro de Formação de Economia Solidaria do Estado de Mato Grosso.
    "NÃO HÁ SABER MAIS OU MENOS, HÁ SABERES DIFERENTE"
    PAULO FREIRE

    MARIA JOSÉ GOMES COELHO CASTILHO
    COORDENADORA DA ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

    Datas comemorativas

    O site Conteúdos Educacionais da Microsoft Educação disponibilizou algmas Atividades para Sala de Aula
    Enriqueça suas aulas e, ao mesmo tempo, estimule a criatividade!

    Dia do Índio

    Chegou o dia do índio e, aproveitando essa data, foi planejado o projeto "Aldeia Virtual" que pode ser usado para mostrar a influência que os indígenas têm até hoje na nossa cultura e o quanto perdemos ao ignorá-la, pois toda sua riqueza cultural é um patrimônio que devemos reconhecer e valorizar.
     

    Uma Páscoa diferente para propor aos alunos

    A Páscoa, recheada de chocolates, pode ser também um delicioso tema para trabalhar matemática de forma lúdica divertida. Este projeto vai tornar essa data muito mais rica e muito mais interessantes utilizando os "Ovos da fortuna".

    creditos: http://www.conteudoseducacionais.com.br/  acesso 19/04/2011

    10 passos para o ensino da história indígena

    Entenda a lei 11 645 e veja o que a escola do seu filho tem feito dentro e fora das salas de aula para cumpri-la

    Foto: Carlos Goldgrub

    Educadores consideram importante a valorização da diversidade cultural no Brasil, onde os indígenas correspondem a aproximadamente 0,5% da população

    Se você ainda acha que o Brasil foi descoberto em 1500, precisa rever seus conceitos. A história e a cultura deste pedaço de terra à leste de Tordesilhas começou bem antes da chegada das naus portuguesas. E é esta consciência de que o Brasil é anterior a Pedro Álvares Cabral que a escola precisa discutir. É o que prevê a lei 11 645 , que obriga o estudo da história e cultura indígenas em todas as escolas nacionais de Ensino Fundamental e Médio, desde 2008.

    A lei 11.645 acrescentou a obrigatoriedade do ensino da cultura e história indígena à lei 10.639, de 2003, responsável por inserir a história afro-brasileira e africana nos currículos escolares. A intenção é fazer com que as questões indígenas e afro-brasileiras sejam abordadas em disciplinas como Educação Artística, Literatura e, claro, História do Brasil.

    Sabendo da existência e da importância da lei 11.645, vale ficar de olho no que as instituições de ensino estão fazendo para cumpri-la. Veja abaixo o que a escola do seu filho pode fazer para abordar o conteúdo nas salas de aula e como você, pai, pode contribuir com o processo.
    Veja também:
    TESTE - Como a escola do seu filho aborda a nossa origem indígena?
    Para ler, clique nos itens abaixo:
    1. Por que a lei 11 645 é relevante?
    Por que ela mostra a importância dos indígenas para a construção da identidade brasileira. Apesar serem hoje poucos no país, os indígenas influenciaram - e muito - a cultura de todos os brasileiros. "Ninguém vive isolado absolutamente, fechado entre muros de uma fortaleza. Em qualquer caso, os povos se influenciam mutuamente", diz o professor José Ribamar Bessa Freire, coordenador do Programa de Estudos dos Povos Indígenas da Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, sobre a chamada interculturalidade brasileira. E o que é a interculturalidade? É justamente o resultado da relação entre culturas, como aconteceu no Brasil entre os indígenas, os africanos e os europeus.
    2. Quantos são os indígenas no Brasil de hoje?
    Segundo o Censo 2000, realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), existem no Brasil mais de 734 mil índios. "A estimativa é de que, atualmente, tenha no país cerca de um milhão de indígenas; aproximadamente 0,5 % da população brasileira", diz o professor José Ribamar Bessa Freire, coordenador do Programa de Estudos dos Povos Indígenas da UERG. Esses índios se distribuem entre quase 230 povos, que falam 188 línguas diferentes. Os números espantam quando se considera os quase 6 milhões de indígenas que existiam em nosso país antes da chegada dos colonizadores.
    3. E por que é preciso preservar a história indígena?
    Porque ela diz respeito à história de todos os brasileiros. Como já dissemos, apesar de serem relativamente poucos no Brasil, os indígenas tiveram grande influencia na cultura do país. "Grande parte da população brasileira carrega o sangue indígena em sua formação familiar. Além disso, vivemos diariamente as influências indígenas em nossas vidas; nas brincadeiras, nos tipos de alimentos que comemos etc", diz a professora Andrea Sales, pedagoga e colaboradora do núcleo de pesquisas Proíndio da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Portanto, preservar a história indígena é manter viva parte da história do povo brasileiro. E é importante reconhecer as origens culturais do Brasil de maneira pedagógica. Garantir esses temas na educação básica permite uma aprendizagem baseada no respeito e na valorização das diferentes culturais.
    4. Como exigir a aplicação da lei na escola do seu filho?
    Uma das formas é participar do Conselho Escolar e opinar no projeto pedagógico da instituição junto com os professores e gestores de ensino. Fique atento: a lei 11 645 diz que os conteúdos referentes à história e cultura indígena e afro-brasileira devem ser ministrados em todo currículo escolar. Especialmente nas disciplinas de Educação Artística, Literatura e História Brasileira. Em caso de negligência da escola, é indicado entrar em contato com a Secretaria Municipal ou Estadual da Educação de sua região.
    5. Como você, pai, pode colaborar?
    A família tem muito a contribuir para a formação dos alunos juntamente com os princípios da lei 11 645. Afinal, se o conteúdo tratado nas escolas não for valorizado dentro de casa, parte do aprendizado do seu filho sobre o assunto poderá ficar comprometida. No Colégio Friburgo, de São Paulo, o procedimento é mandar cartas para os pais explicando a atuação da escola, antes mesmo da abordagem de determinados temas. Segundo a coordenadora da escola, Eni Spimpolo, muitos pais dão retorno. "Uma vez, um pai que já tinha ido ao Parque Nacional do Xingu [reserva indígena, no Mato Grosso do Sul] pegou os materiais que tinha trazido da viagem e veio à escola dar uma palestra sobre o tema para as crianças", conta. O exemplo é aprovado por educadores. Muitos recomendam a colaboração dos pais com sugestões e disponibilização de conteúdos próprios para a escola do filho.
    6. Que programas são legais?
    Saídas a campo são alternativas mais ousadas para abordar a história e a cultura indígena de maneira diferenciada. Além de teatros e museus, que tal conhecer diretamente a cultura indígena? Confira os lugares recomendados pelos especialistas. - Centro de Lazer e Cultura Toca da Raposa O Centro de Lazer e Cultura Toca da Raposa, em Juquitiba, São Paulo, foi fundado há 15 anos e tem a intenção de abordar temas ambientais sobre a Mata Atlântica no Brasil. No espaço, durante os meses de abril e maio, acontece um intercâmbio cultural entre os indígenas e estudantes para celebrar o mês do Dia do Índio (19). A partir da visita, os alunos aprendem um pouco da cultura dos indígenas entrando em contato com instrumentos de caça desse povo e assistindo a uma apresentação dos indígenas em uma aldeia cenográfica. Em São Paulo, os alunos do Colégio Friburgo experimentaram o passeio. Os estudantes aprenderam com profundidade sobre a tribo dos Kuikuros do Parque Nacional do Xingu, no estado do Mato Grosso. "As crianças participam de danças típicas e aprendem novas palavras de origem indígena presentes no português. Kuikuiro, por exemplo, é 'peixinho pequeno'", conta Eni Spimpolo, coordenadora do Ensino Fundamental do colégio. As escolas interessadas devem ligar para o Centro e agendar as visitas. Toca da Raposa Centro de Lazer e Cultura - Rodovia Régis Bittencourt Km 323 - Bairro das Senhorinhas, Juquitiba - SP - Telefone: (11) 4681-2854| Ingresso: R$ 75,00 (visitação para escolas - café da manhã + almoço+ lanche e monitoria em tempo integral); R$ 40, 00 (a partir dos cinco anos); R$ 30,00 (crenças de três a quatro anos. Crianças até dois anos de idade não pagam a entrada | Horário: Segunda a sexta-feira (apenas visitação escolar), das 8h30 às 16h30. Sábados, domingos e feriados o Centro de Lazer e Cultura Toca da Raposa é abertos a todos os públicos | Temporada: de 27de março a 22 de maio| Site: www.tocadaraposa.com.br - Museu do Índio - CICI (Centro de Informação da Cultura Indígena) - São Paulo No Museu do Índio - CICI (Centro de Informação da Cultura Indígena), em Embu das Artes, São Paulo, as crianças podem ter contato com objetos usados pelos indígenas das regiões Centro-Oeste e amazônica, como brinquedos, adornos, utensílios domésticos e uma zarabatana (instrumento artesanal indígena) com mais de 4 metros de comprimento. O Museu é resultado de 42 anos de pesquisa do artista Walde Mar de Andrade e Silva, de 78 anos. "Após lei de 2008, as escolas passaram a incentivar mais a vinda dos alunos ao Museu", conta o fundador. As visitas podem ser feitas com ou sem monitoramento. Há também a opção de agendamento de uma palestra para os alunos como parte do passeio. Os preços variam conforme os pacotes. Museu do Índio - Rua da Matriz, 54, Centro de Embu das Artes, São Paulo - Telefone: (11) 4704-3278 Ingresso: R$ 3 (visita simples); R$ 8 (visita monitora) e R$ 15 (visita monitorada + palestra) Horário: terça-feira a domingo, das 10h às18h - Museu do Índio Funai - RJ Esse é o museu oficial do indígena no Brasil. Foi criado em 1953, pelo famoso antropólogo Darci Ribeiro. Hoje, compreende um dos maiores acervos da América Latina sobre a história e cultura das sociedades indígenas contemporâneas. São mais de 68 mil documentos audiovisuais e mais de 125 mil textuais. Escolas públicas, instituições filantrópicas e ONGs não pagam ingresso. Para obter a gratuidade é preciso apresentar um ofício de identificação no dia da visita. O site do Museu oferece um sistema de Pesquisa Escolar que permite a professores, alunos e pais ter acesso a conteúdos específicos sobre questões indígenas. Vale conferir! Museu do Índio - Rua das Palmeiras, 55, Botafogo, Rio de Janeiro, RJ - Telefones: (21) 3214-8702; (21) 3214-8705; (21) 3214-8729 ou (21) 3214-8730| Ingresso: R$ 3,00 (terça-feira a sábado). Aos domingos, a visitação é gratuita. Estudantes da rede pública e pessoas acima de 65 anos têm entrada franca| Horário: Segunda a sexta-feira, das 9h às 17h30 | Site: www.museudoindio.gov.br | E-mail: atividade@museudoindio.gov.br
    7. Como o tema pode ser abordado nas aulas?
    O professor pode partir da curiosidade dos estudantes sobre o assunto, por exemplo. Será que eles sabem das marcas que as línguas indígenas deixaram no português do dia a dia? Explorar a diversidade linguística - a chamada glotodiversidade - pode ser divertido e curioso. Palavras como carioca (casa de branco) e ipanema (rio de pouco peixe) terão novos valores para os estudantes. "Segundo um lingüista do IEL [Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp], o 'R' que falamos no 'linguajar caipira' - chamado pelos pesquisadores de 'R' retroflexo-, por exemplo, é um som que tem origem em uma língua indígena falada no interior de São Paulo", conta o professor-coordenador do Programa de Estudos dos Povos Indígenas da UERG, José Ribamar Bessa Freire. Além disso, a abordagem de políticas públicas de inclusão e proteção aos povos oprimidos também é uma boa alternativa. Um ponto de partida, conta a coordenadora do Colégio Friburgo, Eni Spimpolo, é o estudo da atuação dosirmãos Vilas Boas no país - sertanistas que contribuíram com a criação de postos de assistência aos índios, na região central do Brasil, durante a década de 1940. "Falamos com aos alunos sobre as transformações culturais que os povos indígenas sofreram a partir do contato com o 'homem branco'", diz Eni, provando que a contextualização do conteúdo é importante para o aprendizado. A música também é uma ótima estratégia para o aluno memorizar conteúdos. E quanto mais novo for o estudante, mais fácil a memorização. No Colégio Vértice, os alunos utilizam instrumentos típicos de tribos indígenas nas aulas de música. "Exploramos também a arte, a comida, a roupa, o tipo de trabalho e o lazer dos indígenas", conta Ana Maria Gouveia Bertoni, diretora pedagógica da escola.
    8. Quais as dificuldades de aplicação da lei 11 645 na sala de aula?
    A diferença de recursos entre escolas públicas e particulares, a falta de formação de professores sobre o tema tratado pela lei e a abordagem por vezes estereotipada da história e cultura indígena nos livros didáticos são algumas das dificuldades apontadas por educadores para a real implantação da lei 11645 nas escolas. O MEC (Ministério da Educação) reconhece esses empecilhos e divulga que o documento final da I Conferência Nacional de Educação Escolar Indígena, realizada em 2009, recomenda algumas medidas para mudar esse quadro. Segundo as resoluções, o Ministério e as Secretarias de Educação devem garantir e ampliar recursos financeiros para a produção, avaliação, publicação e distribuição de materiais específicos relacionados à lei. Entretanto, ainda não se tem notícias da elaboração das "Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Etnicorraciais e para o Ensino de História e Cultura Indígena", como ocorreu com o conteúdo afro-brasileiro e africano a partir da lei 10 639.
    9. Como preparar os professores para que cumpram a lei 11 645?
    A dificuldade para uma resposta exata a essa pergunta ocorre por conta da formação dos professores brasileiros. Sabe-se que a maioria deles não tem experiência profunda no ensino da história e da cultura indígena. Apesar disso, segundo a professora Rachel de Oliveira, especialista em relações raciais na educação da Universidade de Santa Cruz, na Bahia, o Estatuto da Pedagogia diz que o professor é obrigado a saber ensinar conteúdos sobre questões étnicas. "O professor deve repensar sua prática em sala de aula. Não se deve incentivar, por exemplo, apenas festas em que os alunos se pintem de 'índio' e saiam dançando como 'índio'", diz Rachel. Ela alerta para que os professores fiquem atentos à utilização de expressões pejorativas, como isso "parece coisa de índio" em sala.
    10. Como encontrar o material adequado para trabalhar com os alunos? 
     
    Texto
    Mariana Queen  fonte: http://educarparacrescer.abril.com.br/politica-publica/cultura-indigena-624847.shtml
    As DCNs (Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação) têm a função de orientar e obrigar o ensino de temas específicos nas escolas. Mas, até o momento, o MEC não divulgou Diretrizes Curriculares relacionadas ao ensino da cultura e história indígena. Para José Ribamar Bessa Freire, professor-coordenador do Programa de Estudos dos Povos Indígenas da Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, é necessário elaborar uma documentação ampla sobre o ensino indígena para a orientação dos educadores. Como alternativa, o professor indica a Referencia Curricular Nacional para Escolas Indígenas produzida pelo MEC. Apesar do documento ser direcionado para escolas que educam os jovens índios, o seu conteúdo pode servir de exemplo para as demais instituições de ensino. "O que os índios estão fazendo com a escola pode ajudar o sistema nacional de educação a rever um pouco a prática da lei 11 645", diz Freire. Muitos educadores reclamam da falta de livros didáticos para a abordagem do que se exige nas leis 11 645 e 10 639. "O governo precisa assumir que ter acesso a materiais literários sobre esses temas é tão fundamental quanto a própria alfabetização", opina Rachel de Oliveira, especialista em relações raciais na educação da Universidade de Santa Cruz, na Bahia. Segundo ela, a produção de livros independentes de literatura indígena vem crescendo no Brasil - e essa pode ser uma boa alternativa para as aulas. Para momentos difíceis em sala, a professora indica a abordagem de questões como a solidariedade e a opressão sobre o outro, base da chamada Pedagogia do oprimido de Paulo Freire .